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sábado, 6 de agosto de 2011

As cores de Otto Cavalcanti


Por Fabiana Marino

Quadros expressivos marcados por cores vivas. Assim podemos caracterizar as obras de Otto Cavalcanti na exposição “Do Brasil à Catalunha” no Centro Cultural UNIFOR  até 31 de julho.

A mostra, que conta com a coordenação de Randal Martins Pompeu e curadoria de Heriberto Rebouças com parceria de Margarita Solares, traz 61 obras do artista plástico pelos vários lugares por onde passou: Barcelona, Catalunha, Rio de Janeiro, Fortaleza e Uruguai.

Apesar de ser paraibano de nascença, Otto criou raízes em Barcelona, na Espanha nos anos 70, onde absorveu influências locais e se destacou com seus trabalhos em toda Europa. Em suas obras é possível visualizar fortes traços da arte catalã e de suas raízes, com desenhos relacionados à música, o movimento, a natureza e as religiões afro-brasileiras.

Na exposição é possível ver alguns frutos da sua vinda ao Brasil, onde permaneceu por 12 anos. Em Fortaleza, com a técnica acrílica sobre tela, ele pintou “Carícia I” (1993), “Demonstración” (1995) e “Árbol de Navidad” (1993). Já no Rio de Janeiro, ele imprimiu no óleo sobre madeira “Mulher engomando” (1952), e com óleo sobre eucatex destacam-se “Teresópolis” (1953), “Retrato de mulher” (1956), “Autorretrato” (1957), “Mágico” (1960), “Vendedora de rua” (1952) e “Paisagem carioca” (1962).

Para os que apreciam as pinturas do artista na mostra, é possível ver as cores quentes e atrativas que acompanham o seu trabalho. O analista de desenvolvimento de produtos Luis Oliveira diz que não é preciso entender de arte para gostar dos quadros de Otto Cavalcanti. “Gosto muito de artes plásticas, mas não entendo muito. Mesmo assim gostei dos desenhos diferentes e das cores vibrantes das obras”, afirma.

Já o arquiteto Celso Pontes diz que é bom ver exposições de artistas que só conhecemos pelo nome. “Conhecia o artista só de nome. É a primeira vez que vejo uma exposição dele. Sempre visito as exposições da UNIFOR, pois elas apresentam um alto padrão de qualidade investindo em artistas importantes e temas interessantes”, declara.

Para quem ainda não conferiu, a exposição fica em cartaz até o dia 31 de julho, por onde já passaram mais de 9.600 pessoas. A entrada é gratuita.