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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Clima ameno marca negociações no TJ

Por Fabiana Marino


Depois de roubarem a cena no desfile em comemoração ao 7 de setembro, os professores da rede estadual de ensino, foram hoje (08), às 14h, ao Tribunal de Justiça, em Cambeba, acompanhar os recursos requeridos pelo Sindicato da APEOC.

Munidos de faixas com dizeres “Cid, ilegal é você” e com camisas pretas escritas “Respeite a educação”, alegando a ilegalidade da greve, os professores aguardavam o desembargador Emanuel Leite, que foi o responsável pela liminar suspendendo a greve, para saber se ele iria reforça sua decisão ou enviar para a câmera os termos pedidos na proposta.

A proposta passada para os professores pelo Governo do Estado, aumentava em 45% a remuneração no início da carreira do docente com nível superior, comparada como ano de 2010. Sendo assim, o salário passaria de R$ 1.461,50 para R$ 2.000,00, além um incremento de até 60% para os professores temporários.

Entretanto, Olavo Mendes, o professor há 29 anos, diz que na realidade não houve reajuste no piso. “Foi tirado 40% da regência e implementado no piso, acabando assim com a carreira.” Na realidade o governador nos deu um percentual que já era nosso”, afirma. Agora, para garantir o cumprimento dos compromissos, os docentes querem que o governador Cid Gomes assine o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público.

O cumprimento da Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras é questionado pelo sindicato. Eles dizem que a aplicação do piso tem que englobar todos os profissionais, sejam eles do nível médio, graduados e pós-graduados. A categoria reivindica a aplicação do piso salarial e a repercussão na carreira. É o que diz o professor de história Sidney de Oliveira Araújo. “Eles tem que manter o piso”.

Às 17h45 a categoria obteve uma posição do desembargador. Emanuel Leite se comprometeu a julgar o mais rápido possível o recurso. Ficou decidido que nessa segunda (12) ou na próxima (19) o resultado será divulgado para não ser necessário levar para a câmara. Amanhã (09), às 15h, os professores irão a Assembleia Geral no Ginásio Aécio de Borba para decidir os rumos da greve.

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